Fisiologia Vegetal - Eu quero uma pra sobreviver (parte II)

Bem, a prova é hoje e eu fiz essa blog aula duas vezes e o provedor do blog deu sumiço nela! Mas vamos lá novamente.

FOTOPERIODISMO-

É o período de exposição à luz necessário para a planta florescer. É característico de cada espécie. A planta orienta seus processos metabólicos a partir de um ritmo biológico endógeno. Cada planta precisa de um tempo de exposição a luz solar, próprio, para despertar certos processos metabólicos. Existem as plantas de dias longos que são aquelas que florescem geralmente no verão, ou a partir da exposição à luz por um número de horas acima de um valor crítico (8  a 12 horas de exposição), como a batata por exemplo; as plantas de dia curto que florescem com um tempo de exposição à luz abaixo de um valor crítico (6 horas de exposição em média), e temos o morango como um exemplo e as plantas neutras que são as tranquilas que florescem com qualquer quantidade de luz (ex. pepino e girassol). Dizemos que os ritmos biológicos são controlados por fatores endógenos, ou seja internos. Em alguns casos genéticos.  A tolerância à mudança de temperatura, por exemplo, tem como um de seus "comandantes" o gen ELF4  (Early Flowering 4). O ritmo biológico é comandado por fatores genéticos, endógenos, mas é desencadeados por fatores externos, ambientais.

Vocês sabem o que é Zeitgeber? É uma palavra alemã que quer dizer provedor do tempo. Em fisiologia, os Zeitgebers ou sincronizadores, são fatores externos, como a temperatura, o clima, as condições do solo, a disponibilidade de água, condições de umidade, etc; Esses fatores externos disparam processos metabólicos que ocorrem devido à interferência dos genes mas que precisam "de um toque" do ambiente externo para começarem a funcionar. Como no caso das plantas de dia longo ou curto, por exemplo, onde um fator externo (comprimento do dia) interage com um processo endógeno (programação genética prévia, ou a planta é do tipo que floresce em dias longos ou é do tipo que floresce em dias curtos, ou é neutra).

Fizeram vários experimentos para comprovar essas hipóteses. A conclusão a que eu cheguei é que as espécies vegetais são realmente dependentes de sua programação genética para expressarem seus ciclos metabólicos. Por exemplo, num dos experimentos os pesquisadores expuseram uma espécie de dia curto à luz por mais tempo do que ela era programada pra suportar. Resultado: a planta não floresceu, ela simplesmente não é programada para suportar exposição à luz por tanto tempo!

Os Fitocromos são pigmentos presentes nas folhas de todas as espécies vegetais e estão relacionados à absorção da luz nos espectros conhecidos como vermelho e vermelho distante ( a molécula do fitocromo tem algumas variações, cada uma absorve luz com um comprimento de onda característico). Essa absorção de luz vermelha e vermelha distante dispara os processos metabólicos de floração e germinação de sementes. Detectar o pigmento fotocromo em espécies vegetais foi a primeira utilização do espectrofotômetro, um aparelho que a gente ouve falar bastante em Biologia. Ele ocorre numa frequencia menor que a clorofila, mas apesar disso, está presente em todas as espécies.
Essa figura ilustra (meio mal, mas ilustra) as transformações químicas sofridas pelo pigmento fotocromo, na presença de um tipo de luz vermelha ele é de um jeito (Fv), já na presença de luz vermelha distante (com um comprimento de onda um pouco maior) ele se transforma num outro tipo de fitocromo, um Fitocromo Power, ou Fv1. Depois, no escuro, ele se "destransforma" e volta a ser Fv. O fitocromo ativado é o que induz à floração, algo assim, depois ele volta ao estado inicial pra poder ser usado de novo. Show, né?


FONTE: RAVEN, Biologia Vegetal

                                                                                                                

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