TECTÔNICA DE PLACAS

Assunto central das ciências geológicas atualmente. A teoria da Tectônica de Placas foi proposta por Albert Wegener em 1920 e basicamente diz que os continentes já estiveram juntos no passado e se deslocam por sobre a superfície terrestre.  Em 1860 (salvo engano de datas) Isaac Newton já tinha notado que as bordas dos continentes sul-americano e africano eram muito semelhantes, supostamente como partes de um encaixe. Mas no século XIX, as idéias religiosas acerca da criação da Terra ainda eram muito influentes e portanto ninguém acreditou que a configuração do planeta poderia ter sido diferente em épocas passadas. Em 1920 Wegener novamente levanta essa discussão e apesar de ter encontrado uma série de evidências paleobotânicas e geológicas (populações de espécies vegetais muito próximas filogeneticamente - as vezes sendo a mesma espécie, noutras uma pequena variação em subespécies vivendo em locais muito distantes; cadeias rochosas que terminam em um continente e continuam em outro.), sua teoria é desacreditada porque ele não consegue comprovar qual o mecanismo que moveria os continentes.

A partir dos anos 60, com o desenvolvimento de tecnologias de exploração submarina e de exploração das camadas internas da crosta terrestre, é descoberto o mecanismo que move as placas tectônicas e validada a teoria de Wegener. Com a descoberta de uma camada dúctil, maleável, sob a crosta superficial, a astenosfera, ficou elucidada a pergunta de como as placas se moveriam sem se racharem, já que são rígidas. As placas deslizam sobre uma massa maleável e dessa forma não quebram. Já a movimentação das placas em si, acontece a partir de um processo um pouco mais elaborado e profundo. O processo ocorre sob os oceanos. Na astenosfera existem concentrações de magma, (rocha derretida fundida em parte pelo calor interno da terra e em parte por parte da crosta oceanica, que no processo de subducção mergulha por baixo da crosta continental e nessa colisão parte da crosta se funde e vira magma), e esse magma fica a uma certa profundidade. Conforme vai se  aproximando da superfície, esse magma esfria e desce novamente, gerando um  ciclo. Esse ciclo é chamado corrente de convecção, e essas correntes, de esfriamento e esquentamento do magma, como um motor, movem as placas tectônicas, numa velocidade média de 2 a 3 cm por ano.





O Ciclo de Wilson diz que a cada 250 milhões de anos, aproximadamente, os continentes se juntam e se separam. Da última vez que os continentes estiveram juntos, formavam um supercontinente denominado Pangea, num oceano gigantesco chamado Pantalassa. Depois houve uma divisão e ao norte existia a Gondwana e ao sul a Laurásia. E depois disso os continentes foram se distanciando, distanciando, sendo movidos pelas correntes de convecção até configurarem o planeta como o conhecemos hoje, a era geológica que chamamos de Quaternário.






Hoje sabe-se que todos os continentes estão sobre limites de grandes placas chamadas Placas Tectônicas. O Brasil é um país com poucos terremotos e pouca atividade vulcância porque está localizado bem ao centro da Placa Sul-Americana. Países afetados por maremotos, terremotos, tsunamis e vulcões, geralmente estão sobre o encontro dos limites entre duas placas e por isso grande atividade sismológica. O Japão é um dos países com mais catástrofes porque está situado sobre o encontro entre três placas tectonicas.


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